O texto a seguir é um artigo apresentado em uma das conferências da P.N.E.U que foi posteriormente incluído em uma das edições da Parent’s Review. O artigo segue com perguntas feitas ao final da apresentação.
Por H. E. Wix
The Parents’ Review, 1923, pp. 411-420
A maioria de nós aqui hoje devem ter conhecido a Srta. Mason pessoalmente e provavelmente o resto de nós a conhecia tão bem por meio de correspondências e vários ramos do seu trabalho que também eles a consideravam como uma amiga pessoal. Talvez nunca tenha vivido alguém que, da forma mais rápida e duradoura, tenha conquistado a amizade de pessoas que nunca viu. Professores que só souberam dela por alguns meses sentiram o vazio de sua perda com intensa curiosidade; o mesmo aconteceu com pais, cujo conhecimento sobre ela estava confinado à gratidão por seu ensino nos livros Home Education (Educação no Lar, Vol.1) e Parents and Children (Pais e Filhos, Vol.2).
Abrangência e equilíbrio talvez sejam as principais marcas do ensino da Srta. Mason, de modo que há muitos pontos de vista dos quais podemos tentar estudá-lo. Certamente, poucos educadores solucionaram tanto uma teoria quanto uma filosofia da educação – em seu sentido mais amplo – além de um método concreto prático de ensino. Existem dois lados principais no ideal da Srta. Mason, frequentemente separados, mas não realmente separáveis. Primeiro, a formação da criança, a pessoa; o ensino do hábito, o treinamento da vontade, a evolução gradual do caráter. Fundada sobre isso e sobre muito mais, está a teoria e a prática da educação da Srta. Mason em seu sentido mais restrito; como ensinar as crianças em seus anos escolares.
O treinamento da pessoa é naturalmente um assunto mais silencioso do que a transmissão de conhecimento; nós podemos realizar exposições do trabalho feito pelas crianças das escolas P.U. (União de Pais), mas o que não podemos fazer é exibir o treinamento de caráter de nossos filhos. Essa parece ser uma razão para a ideia estranhamente equivocada de que a Srta. Mason se importava mais com conhecimento do que com caráter. Não é, contudo, a razão completa.